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A Verdadeira Medicina Oriental     

 

Traduzir grande parte dos conceitos orientais para idiomas ocidentais tem provocado equívocos de má interpretação ou mesmo um desentendimento filosófico-cultural entre as duas formas distintas de construir pensamentos e interpretar significados. 

Inicialmente, os conceitos expressos em ideogramas chineses e japoneses, nos mantras budistas, nas escrituras taoistas, não refletem seus verdadeiros significados ao serem simplesmente traduzidos literalmente para idiomas ocidentais. Nas culturas orientais, os termos dão margem a interpretações simbólicas, poéticas, muitas vezes abstratas e até filosóficas para a visão ocidental.

A Medicina Oriental encontra os mesmos princípios na Índia, na China, no Tibet, no Japão etc. Suas vertentes mais tradicionais são extremamente semelhantes em seus conceitos iniciais. Estão relacionadas aos aspectos culturais da época, sofreram influências específicas em cada região, mas pode-se dizer que possuem a mesma raiz. 

Não obstante a vertente da Medicina Oriental, seja chinesa, japonesa ou tibetana, buscando-se suas raízes e, não cristalizando seus conceitos como simples tradução, podemos explicar um pouco melhor a verdadeira Medicina Oriental de países e povos. 

 

Os Três Tesouros da Vida, saiba mais... 


Podemos iniciar o entendimento da Medicina Oriental com a concepção da unidade corpo-mente-energia, representada pelo conceito dos Três Tesouros da Vida, mais conhecidos pelas palavras:
Jing, Shen, Qi em chinês, ou Karada, Kami, Ki em japonês. As três palavras significam respectivamente, corpo (essência), mente (espírito), e energia.

Quando as forças
Jing, Shen, Qi ou Karadá, Kami, Ki estão em harmonia, uma integrada a outra, o indivíduo experimenta uma sensação de plenitude e vive seu momento de capacidade total, como se o corpo, a mente e a alma estivessem em consonância com as forças do Universo. O Sistema Honnō de Saúde possibilita esta experiência. 

 

Todos os recursos terapêuticos da medicina oriental moderna como acupuntura, shiatsu, moxabustão, fitoterapia etc. fundamentam-se na teoria dos Três Tesouros. Entretanto, a maioria dessas práticas terapêuticas ocorre no nível pele-energia, regulando os canais energéticos e controlando as enfermidades e seus sintomas. Para tanto, torna-se necessária a existência do terapeuta.          

  

Os Três Centros de Energia, saiba mais...

A Medicina Oriental concebe a existência de Três reservatórios de energia sutil dentro do organismo humano (Tantiens ou Tandens). A função desses centros de energia é armazenar, transportar e fortalecer o Qi e distribuí-lo para todo o organismo. Assim sendo, os Três Tantiens promovem o equilíbrio do ciclo de energia do corpo, alimentando o Qi dos canais e meridianos energéticos, constituindo-se as bases de todo o sistema energético do indivíduo.

Os Três Tantiens são: o inferior (Seika Tanden ou Shimo); o médio (Chu Tanden ou Naka) e o superior (Jo Tanden – Kami).       

O trabalho terapêutico nos centros de energia é de vital importância na prevenção e cura de enfermidades. Ressalte-se a importância do treinamento do paciente para mobilizar o Qi desses centros de energia no processo de auto-cura.  

Os recursos terapêuticos para atuar nos centros de energia mobilizam tanto o terapeuta quanto o paciente. O primeiro mobilizando o Qi externo para a cura. O segundo, cultivando o Qi interno para a auto-cura. Esses recursos terapêuticos são: Honno-Kiko, Qi-Gong, Tai-chi chuan, Tai-kyoku, Shoshuten, Daishuten e Te-Ate.         

Os movimentos espontâneos, instintivos e bio-regenerativos

A antiga Medicina Oriental concebe que o movimento da vida e a dinâmica do universo (macro e micro cosmo) necessitam estar em perfeita consonância. Se o movimento humano (os Três Tesouros e os Três Tantiens) não estiver sintonizado com a dinâmica do universo estará estabelecido o desequilíbrio.

O termo japonês “Shinzen To Itai” exprime a união do homem com a natureza, que representa o movimento da vida. A integração do movimento humano com o movimento do universo sintetiza a verdadeira essência da Medicina Oriental. O processo terapêutico que daí resulta corresponde à capacidade humana de buscar, da maneira mais espontânea e instintiva, a originalidade de seu próprio movimento natural.

Os verdadeiros movimentos de cura podem levar o indivíduo a experimentar estados extraordinários de consciência, acarretando não apenas à cura de doenças, mas à própria expansão da consciência. O papel do terapeuta, neste caso, é de educador e observador, limitando sua intervenção ao mínimo possível, o que requer do mesmo uma preparação abrangente, sobretudo no que diz respeito ao discernimento e a capacidade de interagir com o paciente e consigo mesmo.

Sintonizar o movimento interno-externo, harmonizar a energia do céu e da terra no próprio corpo e resgatar a identidade da ordem e da capacidade de auto-organização e, também, da inteligência humana de bio-regeneração, constitui-se na maior riqueza da existência humana.

 

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